segunda-feira, 31 de março de 2014

Odebrecht Infraestrutura firma contrato para construir a Hidrelétrica

   A Odebrecht Infraestrutura, em consórcio com a Alstom, firmou contrato de EPC (Engineering, Procurement and Construction) com a Neoenergia para a implantação da Usina Hidrelétrica (UHE) Baixo Iguaçu.
    O projeto contempla obras civis, instalação de equipamentos eletromecânicos e montagem. Localizada no Rio Iguaçu, nos municípios Capitão Leônidas Marques e Capanema, no Estado do Paraná, a usina terá 350 MW de potência instalada.

    A Odebrecht Infraestrutura deu início às obras de implantação da Usina Hidrelétrica (UHE) Baixo Iguaçu, no Paraná. Localizada nos municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques, a usina vai gerar 350 MW, com o uso de três turbinas do tipo Kaplan.   Baixo Iguaçu é a última usina hidrelétrica a ser implantada no Rio Iguaçu, à montante (rio acima) das Cataratas e do Parque Nacional do Iguaçu. Com investimentos de R$ 1, 32 bilhão, o contrato firmado com a Neoenergia e Copel tem previsão de conclusão em outubro de 2016. fonte: odebrecht.com

 

quinta-feira, 27 de março de 2014

Meio Ambiente

NOSSO IMPACTO AMBIENTAL QUE QUEREMOS É ESSE:
Garantir conforto para você e sua família.


Relatório de Impacto Ambiental
Impactos 
Alagamento de terras férteis 
Comprometimento do habitat de pessoas e animas; 
Interferência no processo de reprodução dos peixes; 
Redução da dimensão do rio e, 
Redução de espaço para a fauna aquática; 
migração de trabalhadores para a região; 
Facilidade de acesso ao interior do Parque Nacional do Iguaçu no período da construção da barragem. 

Alternativas 

Programa de apoio à mata ciliar, ao Parque Nacional do Iguaçu
Programas de educação ambiental

Licitada há quase quatro anos e inicialmente programada para funcionar a partir de janeiro de 2013, a hidrelétrica de Baixo Iguaçu nem sequer começou a ser construída. E embora a Neoenergia, dona da concessão, tenha obtido uma importante vitória no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), ainda terá de superar alguns obstáculos – entre eles, outra decisão da Justiça – para dar início às obras.
Gestão
Copel continua interessada em ser sócia no negócio
Derrotada pela Neoenergia no leilão de concessão de Baixo Iguaçu, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) nunca desistiu de ter parte no empreendimento. Ainda naquele ano, durante o governo de Roberto Requião, a estatal começou a negociar uma sociedade com a Neoenergia, que detém 90% da hidrelétrica – os outros 10% são da empresa de engenharia Desenvix.
Abandonadas na sequên­cia, as conversas foram retomadas no começo de 2011, com o aval do governador Beto Richa. Em maio do ano passado, o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, chegou a dizer que já tinha acertado uma participação de 30% ou “um pouco mais”, e que faltava discutir outras questões para o ingresso da estatal. No entanto, até hoje o negócio não foi formalizado.
Ajuste no prazo
Como a hidrelétrica de Baixo Iguaçu não entrará em operação no início do ano que vem, teoricamente a Neoenergia teria de comprar energia de outras fontes para cumprir contratos com distribuidoras – é o que Copel e Eletrosul fazem desde janeiro de 2011 por causa da demora na usina de Mauá. A Neoenergia não quis falar sobre o assunto à Gazeta do Povo, mas em ocasiões anteriores, disse que, como a concessão nunca foi assinada com a Aneel, o prazo para o início da operação “será ajustado”.
Histórico
A idéia de construir a sexta usina do Rio Iguaçu é antiga. Antes de Baixo Iguaçu, havia um projeto que previa uma usina bem maior – a de Capanema – dentro do Parque Nacional. Ela teria 1,2 mil megawatts e inundaria uma área de 80 quilômetros quadrados. Mesmo tendo impacto bem menor, o projeto atual também causa muita controvérsia.
2004 – A Engevix Engenharia solicita licenciamento de Baixo Iguaçu ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e elabora Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima). Ibama e IAP decidem pela competência estadual no licenciamento. Em 24 de maio, a Portaria 120/2004 do IAP suspende todos os licenciamentos de hidrelétricas e condiciona a retomada dos processos à realização de uma Avaliação Ambiental Integrada (AAI) de todas as bacias hidrográficas do estado. Medida é manobra do governo estadual para impedir a concessão de usinas a empresas privadas.
2005 – Justiça Federal de Francisco Beltrão suspende as audiências públicas do licenciamento. A competência estadual é questionada, já que o projeto “invadia” o Parque Nacional do Iguaçu, sob administração do Ibama. IAP solicita complementações ao EIA. Elaborada a pedido do governo federal, a Portaria 070/2005 do IAP abre uma brecha na Portaria 120/2004 e autoriza o licenciamento de quatro hidrelétricas (Mauá, Baixo Iguaçu, Telêmaco Borba e Salto Grande do Chopim).
2006 – Relatório do Ibama critica o arranjo de Baixo Iguaçu. Em agosto, a Vara Federal de Francisco Beltrão suspende o licenciamento dessa usina até que seja feito um estudo integrado da bacia do Iguaçu.
2007 – Baixo Iguaçu é incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A Engevix contrata as consultorias ECOBR e Sociedade da Água para adequar os estudos ambientais. Negociação com IAP e Ibama leva a um novo arranjo de engenharia – que não invade o Parque Nacional – e a complementações do EIA/Rima.
30 de maio de 2008 – A Engevix solicita licenciamento do novo projeto e promove audiências públicas no mês seguinte. As principais diferenças em relação à proposta anterior são a eliminação de um canal de adução (que captaria a água da barragem e a levaria até uma casa de força, centenas de metros mais adiante, invadindo os limites do Parque Nacional) e a redução do volume de escavações.
22 de julho de 2008 – Corpo técnico do IAP e do Parque Nacional emitem parecer em que sugerem que o projeto só seja licenciado após cumprir uma série de “exigências técnicas, legais, públicas e institucionais”. Três dias depois, o presidente do IAP libera a licença prévia (LP), que, embora estabeleça 27 condicionantes, é suficiente para que a usina seja leiloada.
26 de setembro de 2008 – Após questionamento do MPF, o Instituto Chico Mendes (ICMBio), que administra os parques nacionais, alega “fragilidade administrativa” e suspende aval que havia dado à usina. Anuncia que vai aprofundar estudos e preparar novo parecer sobre o caso. IAP mantém a LP, mas não dá sequência ao licenciamento.
30 de setembro de 2008 – Em um leilão que atrasou duas horas devido a uma ameaça de bomba, a Neoenergia –formada pelo fundo de pensão do Banco do Brasil (Previ, com 49% do capital), pela espanhola Iberdrola (39%) e pelo Banco do Brasil (12%) – derrota a Copel e arremata a concessão de Baixo Iguaçu, com o compromisso de fornecer energia a partir de janeiro de 2013. Ela venceu o leilão com ao oferecer tarifa de R$ 99 por megawatt-hora de energia gerada, 20% abaixo do teto determinado pela Aneel. Na noite do dia anterior, liminar da Justiça Federal chegou a tirar Baixo Iguaçu do leilão, mas a decisão foi cassada durante a madrugada.
Outubro de 2008 – O governador Roberto Requião culpa a Eletrosul, parceira da Copel, pela derrota no leilão de concessão de Baixo Iguaçu. Diz que a licença dada pelo IAP – órgão do governo – é irregular e que fará de tudo para que a estatal fique com a usina. Nos bastidores, Neoenergia e Copel negociam sociedade para construir a hidrelétrica.
23 de outubro de 2008 – ICMBio cassa a autorização que havia dado a Baixo Iguaçu.
Novembro de 2008 – Aneel não atende pedido de impugnação feito pela Copel e homologa a vitória da Neoenergia no leilão.
4 de fevereiro de 2009 – A Justiça Federal de Francisco Beltrão multa em R$ 250 mil a Engevix e sua subsidiária Desenvix, por litigância de má-fé. Na interpretação do juiz, elas teriam solicitado arquivamento de um licenciamento ambiental no IAP apenas para “livrar-se” de uma ação civil pública que impedia sua continuidade -- logo depois, as empresas apresentaram ao IAP um novo EIA/Rima, considerado muito semelhante ao anterior.
10 de abril de 2009 – Parecer do ICMBio mantém revogada sua autorização à usina. Dois meses depois, forma grupo de trabalho para novos estudos.
17 de junho de 2009 – Justiça Federal de Francisco Beltrão mantém suspenso o licenciamento da hidrelétrica.
17 de fevereiro de 2010 – Justiça Federal de Francisco Beltrão anula a licença prévia concedida pelo IAP e o leilão de concessão de Baixo Iguaçu. Também proíbe qualquer obra relativa à usina e determina que o ICMBio se abstenha de licenciar ou anuir com o licenciamento de qualquer usina na área do Parque Nacional do Iguaçu. No entendimento da Justiça, o empreendimento tem de ser licenciado pelo Ibama, e não pelo IAP.
Fevereiro de 2011 – O governador Beto Richa autoriza a Copel a negociar sociedade com a Neoenergia. E o ICMBio avisa que vai informar seu posicionamento sobre a hidrelétrica no fim do mês seguinte, o que não ocorreu até hoje.
Maio de 2011 – O presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, diz que a estatal acertou com a Neoenergia um acordo para ficar com pelo menos 30% de Baixo Iguaçu. Até hoje, no entanto, o negócio não foi formalizado.
27 de março de 2012 – Com o argumento de que o IAP agiu dentro de sua competência, 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4) reforma sentença da Justiça Federal e declara válido o licenciamento ambiental de Baixo Iguaçu.
20 de junho de 2012 – 1.ª Vara de Fazenda de Curitiba publica decisão em que, atendendo a pedido da ONG Liga Ambiental, suspende os efeitos da Portaria 070/2005, proíbe o IAP de emitir licença ambiental com base nessa portaria e suspende os licenciamentos de quatro usinas, entre elas a de Baixo Iguaçu. Ou seja, apesar da decisão favorável do TRF4, a sentença da Vara de Fazenda ainda impede o IAP de dar licenças à hidrelétrica.
R$ 1,5 bilhão é o valor do orçamento para Baixo Iguaçu. Mas o montante provavelmente será revisado para cima, uma vez que os custos da construção pesada subiram nos últimos anos.
Se for levada adiante, Baixo Iguaçu terá capacidade de 350 megawatts (MW), potência suficiente para abastecer pouco mais de 1 milhão de pessoas. Listada no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a obra custará ao menos R$ 1,5 bilhão.
O local escolhido para a usina fica no Rio Iguaçu, entre os municípios de Capitão Leônidas Marques e Capanema (Sudoeste do Paraná), a pouco mais de 500 metros do Parque Nacional do Iguaçu. Essa proximidade e supostas irregularidades no licenciamento ambiental deram origem, antes mesmo do leilão de concessão, a um imbróglio judicial que persiste até hoje.
Em março, o TRF4 reviu seu próprio posicionamento e declarou válido o licenciamento ambiental da hidrelétrica, conduzido pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). A decisão entusiasmou prefeitos e políticos da região, em sua maioria favoráveis à obra, e fez a Neoenergia declarar o início da construção de Baixo Iguaçu ainda neste semestre e a conclusão até 2015. “A posição do nosso departamento jurídico é que [a licença de instalação] está para sair a qualquer momento. Queremos começar a obra no segundo semestre”, disse no fim de junho o diretor financeiro da companhia, Erik Breyer, em teleconferência com analistas de mercado.
O otimismo da Neoenergia, no entanto, não parece ter o respaldo do IAP. Consultado pela Gazeta do Povo, o instituto afirmou que uma sentença da 1.ª Vara de Fazenda de Curitiba suspendeu o licenciamento de Baixo Iguaçu e de outras três hidrelétricas no estado, além de impedir o IAP de emitir qualquer nova licença para essas usinas. A decisão, que deu ganho de causa à ONG Liga Ambiental, foi publicada no Diário da Justiça do Paraná em 20 de junho.
Ainda que o IAP pudesse dar sequência ao licenciamento, a Neoenergia teria de obter uma nova licença prévia (LP) para Baixo Iguaçu antes de pleitear a licença de instalação. Isso porque a LP emitida pelo IAP em julho de 2008, que permitiu o leilão da usina, perdeu sua validade e não foi renovada.
Há outro porém. Como a hidrelétrica está planejada para a chamada “zona de amortecimento”, área que compreende um raio de dez quilômetros em torno do Parque Nacional do Iguaçu, teria de receber o aval do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Responsável pelas unidades de conservação federais, o ICMBio chegou a dar sua anuência, mas a retirou ainda em 2008, com o pretexto de reavaliar a questão – e até hoje não tomou sua decisão.
Procurada pela Gazeta do Povo, a Neoenergia não quis se pronunciar.
Decisão de vara da capital afeta todas as novas hidrelétricas
A decisão da 1.ª Vara de Fazenda de Curitiba não diz respeito apenas a Baixo Iguaçu, mas a todas as novas hidrelétricas planejadas para o estado. Ao anular a Portaria 070/2005 do IAP, a sentença dá a entender que qualquer licenciamento de hidrelétrica no Paraná dependerá da realização de uma Avaliação Ambiental Integrada (AAI) da bacia hidrográfica afetada.
Editada no governo de Roberto Requião, a Portaria 070 tinha o objetivo de abrir uma brecha dentro de outra portaria do próprio IAP, a 120/2004 – que, a pedido de Requião, havia paralisado todos os licenciamentos de hidrelétricas, condicionando sua retomada à conclusão da AAI das bacias afetadas. Além do propósito ambiental, a Portaria 120 tinha o objetivo de dificultar a vida de empresas privadas com concessões de usinas, em especial de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
Mas essa medida atrapalhava os planos do governo federal, que planejava uma série de usinas para o estado. Assim, o que a Portaria 070 fez foi – atendendo a um pedido da então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff – permitir o licenciamento das usinas de Baixo Iguaçu, Mauá, Telêmaco Borba e Salto Grande do Chopim. Sem essa brecha, Mauá e Baixo Iguaçu jamais teriam recebido as respectivas licenças.
Com a anulação da Portaria 070, vale o escrito na 120. O que dificilmente terá efeitos práticos sobre Mauá, cujo reservatório já está enchendo e que deve começar a funcionar nos próximos meses. Mesmo em relação a Baixo Iguaçu há dúvidas, diz o coordenador jurídico da ONG Liga Ambiental, Rafael Filippin. “Não sabemos ao certo quais as consequências, uma vez que houve várias decisões em torno dessa usina. Mas o fato é que nosso processo [na Vara de Fazenda] já transitou em julgado. Então ou o IAP faz o licenciamento desde o começo, sem reaproveitar o licenciamento antigo, ou terá problemas.”
Tibagi
A AAI do Rio Tibagi está sendo elaborada somente agora, a poucos meses de a usina de Mauá entrar em funcionamento. A responsável pela avaliação é a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do governo federal, que vai realizar audiências públicas sobre o assunto na próxima semana – em Londrina, no dia 17, e em Ponta Grossa, no dia 19.
Gerdau também espera por licenças no Paraná
Outra empresa às voltas com problemas judiciais por causa de hidrelétricas atrasadas no Paraná é a Gerdau. Ela é dona da concessão de duas usinas de pequeno porte – São João, de 60 MW, e Cachoeirinha, de 45 MW – no Rio Chopim, entre Clevelândia e Honório Serpa (Sudoeste). O complexo foi concedido à Enterpa Energia há dez anos. A Gerdau comprou a concessão em 2008, com planos de investir US$ 173 milhões nas usinas e concluí-las até 2011, mas até hoje o projeto não saiu do papel.
O governo federal começou a cobrar os valores referentes à outorga dessas e de outras nove usinas concedidas antes de 2004, dentro do modelo antigo do setor elétrico, e não construídas até hoje. Pelo sistema antigo, o empreendedor recebia a concessão antes mesmo de a usina ter licença ambiental prévia (LP), documento que confere alguma viabilidade ambiental ao projeto. Por isso, dificuldades no licenciamento eram ainda mais frequentes que hoje – o novo modelo do setor não permite que um projeto seja licitado sem ter a LP.
A Gerdau e outras grandes empresas conseguiram, na Justiça, o direito de não pagar pelas outorgas enquanto as hidrelétricas não estiverem funcionando. Ao jornal Valor Econômico, a companhia informou que espera receber a licença de instalação e iniciar a construção de São João e Cachoeirinha ainda neste ano. No entanto, assim como ocorre com Baixo Iguaçu, o site do IAP indica que não há qualquer licença prévia vigente para essas duas usinas.
Mais de dez anos
A lista de usinas atrasadas no Paraná inclui ainda a de São Jerônimo (331 MW), no Rio Tibagi, e Tijuco Alto (120 MW), no Rio Ribeira do Iguape. Por questões legais e ambientais, os projetos de ambas juntam poeira há mais de uma década. A primeira foi concedida em 2001 a um consórcio que tem entre seus sócios a Copel. A concessão da segunda, que pertence à Companhia Brasileira de Alumínio, data de 1988.

fonte: gazetadopovo.com.br/

terça-feira, 25 de março de 2014

Geração Céu Azul/Neoenergia não recebe atingidos por Baixo Iguaçu

Consórcio construtor da Hidrelétrica Baixo Iguaçu, localizada no sudoeste do Paraná, nega-se em dialogar com atingidos, mas mobilização garante reunião com governador do Estado
Na ultima quarta-feira dia (12), o Grupo Geração Céu Azul/Neoenergia não compareceu à reunião previamente agendada com a Comissão dos Atingidos pela Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu. O grupo é detentor de 70% da usina – outros 30% pertencem à Companhia Paranaense de Energia Elétrica (COPEL).
 A reunião ocorreria na cidade de Capanema, localizada no sudoeste do Paraná. A pauta discutiria um novo caderno de preços, que serviria de base para o valor de indenização das terras.
O atual caderno de preços prevê valores que variam entre R$ 19 mil e R$ 132 mil por alqueire, mas critérios como a depreciação por qualidade/tipo de uso do solo, acesso a centros administrativos e outros, reduziriam significativamente os valores quando aplicados e não permitiriam a aquisição de terras em condições iguais às atuais.
No mesmo dia, quarta-feira, 350 atingidos aguardavam o resultado da negociação – que não ocorreu – no salão do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Capanema/PR.
Diante do não comparecimento da empresa na mesa de negociação, e temendo um retrocesso em direitos fundamentais e criminalização de lideranças, os atingidos seguiram até a cidade de Cascavel, no oeste do Paraná, onde montaram acampamento e ocuparam a sede da COPEL. Por volta das 18 horas foram recebidos pela gerência regional da empresa, que assumiu compromisso de apresentar, no dia seguinte (13/13), respostas concretas às pautas de negociação, que apontavam:
1) Retomada das negociações com a efetiva participação da COPEL;
2) Um novo caderno de preços das terras;
3) Aquisição de áreas para reassentamento das famílias;
4) Plano de recuperação/reestruturação e desenvolvimento para as comunidades ribeirinhas/remanescentes;
5) O fim da criminalização da luta dos atingidos.
6) Efetivação de uma Política Estadual de direito dos atingidos por barragens.
 Mesmo debaixo de chuva, os atingidos permaneceram no local, onde também se confirmou uma audiência com o governador do estado do Paraná, Beto Richa (PSDB), que estaria em Cascavel na parte da tarde do dia 13/03. A audiência ocorreu às 16 horas, onde participaram uma coordenação dos atingidos, o Bispo Dom José Peruzzo, representante da OAB, deputados e prefeitos.
Também foi entregue a pauta de reivindicações ao governador, da qual o mesmo assumiu o compromisso de intervir pessoalmente. Em sua fala ele também reconheceu como legítimas as angústias e a indignação dos atingidos pelo não avanço nas negociações. Comprometeu-se em envolver a COPEL, e agendou uma reunião para o dia 21/03, próxima sexta-feira, com a diretoria da empresa.
Assumiu em exercer, como representante do estado, pressão para resolver o conflito. E, por fim, o Beto Richa afirmou a importância da criação da política estadual de direitos aos atingidos por barragens, pois servirá para antecipar solução aos conflitos nas hidrelétricas futuras.
A coordenação, juntamente com os atingidos, aguarda a confirmação da retomada das negociações e do agendamento de uma reunião com todos os órgãos do governo do estado envolvidos no processo.
Nossos direitos só a luta faz valer.
Água e energia, com soberania, distribuição de riqueza e controle popular.
Coordenação dos Atingidos pela Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu
fonte: mabnacional.org.br, 20/3/14

Geração Céu Azul emite nota oficial

De acordo com a nota, a empresa Geração Céu Azul S.A. aguarda que a Comissão dos Atingidos nomeie representantes com agenda concreta de reivindicações para prosseguir o diálogo, que foi interrompido pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), com ameaças aos funcionários da empresa.
“A Geração Céu Azul informou às autoridades locais sobre as ameaças e constrangimentos e solicitou providências e apoio necessários para evitar o risco de novas agressões aos seus profissionais”.
Segundo a nota, o diálogo entre a empresa e os proprietários de terras já produziu resultados. Entre eles, a atualização do cadastro socioeconômico dos atingidos e elaboração de novo caderno de preços para as áreas do reservatório, conforme metodologia solicitada pela comissão dos atingidos e autoridades locais.
“A Geração Céu Azul convida todos os proprietários de terras na área do reservatório da usina a comparecer aos escritórios da empresa em Capanema e Capitão Leônidas Marques, a fim de obter informações precisas sobre cada etapa do empreendimento e agendar visitas às suas propriedades”.
Sobre as colocações feitas pelo MAB, a nota oficial diz que a empresa repudia por inverídicas versões propagadas pelo MAB, relativas aos valores por alqueire que estaria oferecendo aos proprietários. “O caderno de preços possui várias faixas de valores por alqueire, sendo que uma mesma propriedade pode ter mais de uma faixa de valor”.
Além disso, a Geração Céu Azul reitera o seu compromisso com a transparência e repele qualquer tentativa de disseminação de inverdades que apenas contribuem para a criação de um ambiente de discórdia, de desconfiança e de violência.

“A Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu vai gerar energia para um milhão de pessoas a partir de 2016, além de 3.000 empregos na região durante sua construção e mais de R$ 7 milhões por ano em impostos pela utilização dos recursos hídricos, destinados aos municípios de Capanema, Capitão Leônidas Marques, Planalto, Nova Prata do Iguaçu e Realeza”.
diariodosudoeste.com.br

Atingidos recorrem ao governo do Estado

Na última semana, após a empresa responsável pela execução dos trabalhos na Usina do Baixo Iguaçu — Neoenergia — não ter comparecido para a reunião agendada, representantes dos atingidos se mobilizaram na sede da Companhia Paranaense de Energia (Copel), em Cascavel.
Segundo um dos membro da coordenação regional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Rodrigo Zancanaro, o objetivo da reivindicação era a definição de uma agenda com a direção da Copel e de uma audiência com o governador. Em função de uma agenda no município, o governador do Estado, Beto Richa, recebeu o grupo que representava os atingidos na quinta-feira (13). 
“Eles pediram para conversar comigo, tentando, mais uma vez, que nós possamos interceder junto à empresa que começa a construção da Usina do Baixo Iguaçu, a Neoenergia, portanto privada”, disse. Ele explicou que mesmo a Companhia Paranaense de Energia (Copel) sendo minoritária no empreendimento o governo poderá usar a força que tem e pressionar para um entendimento melhor.Conforme Zancanaro, o grupo pediu para que o Executivo do Estado faça a mediação e ajude na solução dos problemas dos atingidos, que a Copel e o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDS) — financiador da obra — disponibilize um valor para a construção de um plano de recuperação e estruturação das comunidades que vão ser atingidas e que o governo estadual crie ainda uma política para os atingidos. “Esses três pontos foram discutidos na conversa com o governador”, resumiu ele. 
Segundo Richa, já houve um aumento na avaliação das terras. Além disso, ele contou que o Estado tem como interlocutor o secretário especial de Assuntos Fundiários, Hamilton Serighelli, que é de fácil diálogo. “Assumi o compromisso com os produtores de já nesta segunda-feira [17] conversar com a Neoenergia para que eles possam ceder mais um pouco e privilegiar os proprietários de terras”.
Novas conversas
De acordo com Zancanaro, na sexta-feira (21) deverá acontecer uma reunião com a presidência da Copel. A ideia é retomar as discussões sobre o plano de recuperação das comunidades.
Quanto às políticas de direito, ficou acordado que haverá a construção de um grupo de trabalho do Estado, através das secretarias, deputados e atingidos. 
Caderno de preços
Sobre o caderno de preços — um dos principais pontos de reivindicação —, o membro do MAB falou que ainda não há nenhuma definição. Como a empresa não compareceu na reunião do último dia 12, os atingidos aguardam uma nova data para que o assunto possa ser retomado. “Há uma divergência grande de valores. Não tem um acordo ainda, pois a metodologia que empresa adotou para compor os valores não dá conta da desapropriação”, disse ele.    
diariodosudoeste.com.br - Marcelo Coan,  18 de Março de 2014

segunda-feira, 24 de março de 2014

Peixes: resgate de ictiofauna na ensecadeira, Usina Baixo Iguaçu

Intensifica-se a partir de hoje, dia 24 de março, o resgate de ictiofauna na ensecadeira da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu. Esta UHE está localizada entre os municípios de Capitão Leônidas Marques e Capanema, no oeste do Estado do Paraná.
A UHE Baixo Iguaçu está em construção sob a responsabilidade do Consórcio Geração Céu Azul- GRUPO NEOENERGIA e a equipe da Juris Ambientis é a executora do  Programa de Resgate de Ictiofauna nas Ensecadeiras, programa este que faz parte do PBA – Projeto Básico Ambiental.
Técnico da Juris Ambientis realizando o resgate da Ictiofauna na ensecadeira da UHE Baixo Iguaçu
Técnico da Juris Ambientis realizando o resgate da Ictiofauna na ensecadeira da UHE Baixo Iguaçu


Técnico da Juris Ambientis realizando a medição de um exemplar de peixe resgatado na ensecadeira da UHE Baixo Iguaçu.
Técnico da Juris Ambientis realizando a medição de um exemplar de peixe resgatado na ensecadeira da UHE Baixo Iguaçu.
Detalhe da Construção da ensecadeira da UHE Baixo Iguaçu
Detalhe da Construção da ensecadeira da UHE Baixo Iguaçu